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Bem,em algum momento eu tinha que voltar a esse lugarzinho aqui e me veio inspiração hoje..Quando soube que hoje é o dia da vó!Quem já leu esse blog aqui sabe que perdi uma das minhas vózinhas queridas há menos de um ano..e neguim,não tem sido fácil..Mas,como nem tudo é triste,hoje lembrei dela com alegria,das marmotas e jeitos só dela!Mais que isso,lembrei que tenho a sorte de ainda ter minha outra vó,que com tooodas suas peculiaridades se faz única na minha vida!

Quem nunca foi pra casa da vó,que fazia todas suas vontades e inventava agrados estilo cortar mamão em bolinhas só porquê eu gostava da forma? É,elas também sabem implicar e brigar com as nossas manias e erros e quando são teimosas,xi,não tem quem segure!

Enfim,hoje amanheci feliz,dando graças a Deus por ter tido( e continuar tendo!) essas duas pessoas lindas na minha vida,que não sabem o quanto ensinam,com acertos,erros,modo de ser,silêncios e sabedorias guardadas ditas na hora certa.Vós,amo vocês!

Adoro! ;)

 

 

 

 

 

 

E eu continuo adorando essas coisas. Apesar de não dizer aqui ultimamente.. 😉

A gente acha que algumas coisas não acontecem com a gente: bala perdida, sequestro, acidente de avião,etc,etc,etc. Pois bem,eu sempre achei que não ia ver ninguém ir assim tão de repente. Tão como um vento que passa rápido,mas que você sente cada pedaço de brisa nos pêlos do braço. E é assim que eu tive a minha primeira grande perda. E grande é eufemismo,por quê é mais. É a presença diária,os detalhes do dia a dia, coisinhas particulares, jeito e formas de fazer únicas.

De verdade, porquê eu achei que era imune a isso? Por quê eu não percebi de outra forma que,apesar de existirem doenças longas,ou um minuto mais longo, existe também ponto? É,porquê essa partida foi,pra mim,um ponto. Rápido,seguro, sem dar espaço pra mais palavras. É assim que eu me senti nesse dia cívico de merda olhando pro chão,pra não dizer outra forma.

Passa um filme na cabeça e finalmente você percebe mesmo a efemeridade disso tudo. Sem clichê. O clichê se torna mais do que real e você vê que nada,nada mesmo, é pra sempre. Ou que nem tudo tem um tempo de espera,20 segundos que seja. Um pensamento mais rápido,uma riqueza de espírito mais rápida,um cuidado maior? Nada. A vida,ou o que vem depois dela, não espera. Por mais que a gente tenha a impressão contrária, a vida é rápida,a presença dela aqui é rápida. 78 anos,é rápido. Tudo é um lapso.

Então gente,cuidem,cuidem de quem vocês têm. Eu aprendi algumas coisas nesses últimos dias,mas mais que isso,eu aprendi que amar é cuidar,é delicadeza diária,é CALAR,mesmo em algumas vezes que seu peito quer gritar. Eu aprendi que eu tenho que olhar mais distante,não esquecer do efêmero e fazer o que eu puder,na hora que eu puder.

 

Inspirada em uma aula de português pensei nesse post. Depois de um longo hiato, foi essa pegada de mistura entre as artes que acendeu em mim a vontade de escrever. Olha aí o Enem,e as mudanças que ele traz consigo, dando seus frutos.

Não é de hoje que as diferentes formas de expressão, a moda aí inclusa, se misturam e se completam muitas vezes.Prova disso são os poemas neoconcretistas,em que a forma das palavras ao longo do texto são importantíssimas para compreensão e complementam o que as palavras,às vezes, não conseguem expressar.

Ronaldo Fraga é um exemplo de estilista aqui da terrinha que já se inspirou nesse mundo da literatura e em contar essa literatura através das roupas que cria. Como no desfile que fez em 2005 homenageando o escritor Carlos Drummond de Andrade,de maneira até bastante óbvia, com letras dos versos do escritor na roupas.Mas não só aí:  a magia e a leveza da escrita de Drummond transpareceram e tornaram-se concretas nas roupas de Ronaldo.

Foto: Site Chic

O estilista voltou a puxar a literatura como fonte de inspiração em outro desfile em que homenageou os cinquenta anos da publicação de Grande Sertão : Veredas de Guimarães Rosa. Nessa homenagem passou o sertão para as roupas,a secura através dos tecidos e do minimalismo de detalhes, e a vida que floresce sim no sertão, através da mistura de texturas e cores, que é reconhecido de maneira fácil por quem conhece esse universo.

Outro exemplo aqui da terrinha que eu achei genial é o projeto desenvolvido pelos alunos de Moda da FMU, que tem no nome estampado sua idéia: performance Moda e Literatura.

Do Fashions Bubbles: ..”O objetivo do projeto é estimular a pesquisa da cultura brasileira e da literatura como repertório e suporte para a criação e o desenvolvimento das coleções de moda.”

Quer algo mais genial? Unir a moda e a nossa literatura, chamando atenção das pessoas pra esse mundo, às vezes, tão esquecido? Mais legal ainda, é que esse projeto toma forma é no meio das ruas de São Paulo, o que o torna ainda mais vivo.

Ariano Suassuana – O Auto da Compadecida

Clarice Lispector – Água Viva

*Imagens: Vladimir Fernandes

Sentiram a leveza da Água Viva da Clarice? Porquê eu senti.

Outro exemplo mais próximo é o escritor Ferreira Gullar, que foi homeageado não só na última Flip,mas também pela estilista Mara Macdowell,que se inspirou na poesia de Gullar para fazer sua coleção e estampou uma de suas poesias numa lona branca na vitrine de sua loja.

Esse assunto, da moda que se entrelaça com a literatura,e com a música de acompanhante, é bem vasto. Não são poucos os exemplos e eu falei aqui apenas de alguns que me saltaram aos olhos. Mas esse mosaico de formas de se contar e de se mostrar do artista, seja ele escritor,estilista ou pintor, é mesmo muito amplo e eu quero é ver mais.

E vocês?

*Ps.: Texto bem bom falando do Ronaldo Fraga e sua inspiração em Grande Sertão: veredas aqui ó.

*PS.: Texto do Fashion Bubbles sobre o Projeto Moda e Literatura, aqui.

Nunca fui uma grande conhecedora ou leitora do Fernando Pessoa,mas um trecho de um texto dele,dentro os milhares que rodam na internet, chamou minha atenção:

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :
“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”


Li e reli esse trecho,de modo a assimilar bem o que ele me passa. E ele me passa tempo,tempo que voa, mas,antes de tudo, ele me passa auto-conhecimento. Porquê o que é o tempo diante de quem se conhece e sabe para onde está indo,ou pelo menos tem uma idéia,pequena que seja, do que almeja?

Eu acredito e gosto mesmo das mudanças,do fim dos ciclos, da expectiva de que algo melhor me aguarda sabe? Nem sempre esse algo melhor tem um sabor doce no início do caminho,parece até que a gente tem que amargar,literalmente, bastante antes de atingir a doçura que é sentir o orgulho por um trabalho bem feito. É aí que mora o brilho nos olhos.

O auto-conhecimento não é importante apenas para fechar uma etapa,ele é importante para vida,pois, de que outra maneira você terá firmeza nas decisões que envolverem o que você acredita? Então, fica claro o que a gente escuta desde pequeninos nas entrelinhas: a maior busca dessa vida é pelo conhecimento.Não só o teórico,científico,que é mesmo importante,mas também, e não menos importante, pela busca de conhecermos a nós mesmos e sermos fiéis a esse alguém sem medo.E trabalharmos levando quem nós somos,de modo a contagiar tudo que a gente faz.

Sempre que penso em pessoas marcantes, tenho a imagem de pessoas com personalidade,que tinham uma idéia,clara ou não, do que acreditavam e do que buscavam. Boa parte das vezes,foram essas pessoas que construíram e desenvolveram grandes projetos, de vida mesmo, porquê isso se confundia mesmo com elas próprias,que o diga Zilda Arns.

Então,fechem,encerrem mesmo cada etapa,está mais do que na hora,mas a busca pelo auto-conhecimento,ah, essa é permanente para a vida e para cultivar o brilho dos olhos.

Ps.: Daí saiu o texto pro convite de formatura da minha irmã. O que vocês acham?

Pra  mim, foi muito fácil começar a me interessar,ler e me apaixonar pelo marketing e a administração de marcas,sabe? E eu acho esse mundo todo de branding,da construção de uma marca,da idéia que se quer passar,do que se quer vender e de como se faz isso tudo,muito fascinante. Porém,é lendo mais que você desenvolve também um senso crítico sobre o consumo( e sobre si mesmo!) e sobre o “bastidor”,nem sempre tão belo, desse mundo.

Li na revista Filosofia uma matéria que fala sobre o pensador francês Jean Baudrillard e passei a admirar os estudos e livros dele pelo realismo com que tratou a questão do consumismo,do capitalismo e da cultura moderna.

Legal do Baudrillard é que não é um teórico distante,sabe?Ele fez parte da nossa geração e só faleceu em 2007,tendo deixado um trabalho mais do que atual e que inspirou nada menos que o filme Matrix. Um pouco mais dele? Jean critica o imperativo contemporâneo do consumir e das imagens que substituem a realidade(sentiram um quê do Matrix?),o que é mais do que matéria a se pensar,uma vez que mesmo o consumo consciente é,muitas vezes,tão bombardeado por informações,que ou a gente é iludido ou acaba criando novas necessidades para justificar uma nova compra e assim vai.

Ele define um ponto que é até bem óbvio e a gente finge que não vê:  quando a gente compra aquela bolsinha Louis Vuitton, ou aquele vestidinho Reinaldo Lourenço,ou um aparelho de som com a tecnologia double surround e o escambau,mais que uma simples compra,uma roupa necessária,a gente tá levando um símbolo.É,ele define como um simbolismo do individualismo e do espírito de liberdade tão propagados pela modernidade. Mais que aquela simples compra você está levando um símbolo  do estilo de vida,do modo de enxergar o mundo,que o diferencia de uma outra pessoa,de um outro grupo,positivamente ou negativamente.

Num de seus livros,ele fala que o consumo é uma forma de se relacionar( não só com os objetos,mas também com a sociedade e o mundo). E quem duvida disso? Pra mim,a grande prova é o boom dessa comunidade blogueira,que se fundamenta não só( vejam bem,não só) em textos e pessoas,mas também,e bastante, em produtos,no consumo. Não?E eu pensei cá comigo: gente,isso me parece um ciclo. Sim,porquê a nossa sociedade moderna é baseada,muitas vezes, no individualismo e as nossas relações sociais são algo como que “irreais” (não ao pé da letra,acho eu),então eu pensei se não viria daí essa febre de consumo que a gente vê por aí e que é tão propagado pela mídia.Se esse consumismo todo e a necessidade criada que gera novos produtos e mais consumismo,se isso não é resultado de uma busca por relacionamentos,nesse meio e nessa época que a gente vive.Que mantém esse ciclo: busca por relacionamentos-consumismo sabe?

Ele cita também os meios de comunicação,que alimentam o sistema capitalista na sua essência mais profunda,isto é, de criar cada vez mais necessidades para se elaborarem soluções e produtos. A indústria de entretenimento,aí inclusa a fonográfica e a do cinema, também faz parte dessa máquina e na hora me vieram à mente vários exemplos,como o Seu Jorge que emprestou sua imagem e sua qualidade musical fazendo uma música-propaganda da Sagatiba sabe? E isso não é uma crítica,que eu adoro o cara.

Ele coloca que a informação também é uma mercadoria,que produz tendências de consumo ou “criadora” de moda.E quer mais que esse mundo dos blogs pra isso ficar mais do que claro? Por outro lado, ele criticava a mídia de massa e a realidade virtual criada no universo da internet.Porém,como é citado na própria matéria, pode-se dizer também que o veículo criou novos mecanismos para os sujeitos se expressarem,como ocorreu recentemente no caso das eleições do Irã,em que o site de microblogging serviu como forma para descontentes de um pleito que reelegeu Mahmoud Ahmadinejad se manifestarem.

Bem,eu achei(e mais meio mundo!) o Jean Baudrillard com uma visão espetacular e ele ainda dá muito pano pra manga.

Esse post todo não é uma visão anticapitalista,niilista,comunista ou qualquer outro ista maluco.Não, é só uma crítica ao consumo totalmente inconsciente,à falta de criticidade da gente às vezes com relação a tudo que tá ao nosso redor…

E vocês,vocês são o que vocês consomem?

Pra quem quiser mais tem entrevista com o Jean Baudrillard aqui,quando ele veio ao Brasil participar de uma conferência em 2003.

Bem,a camisa da seleção brasileira oficial não é minha preferidaaa,mas teria ela de bom grado. Em todo caso,não é super divertido caçar roupas e acessórios pra torcer na copa? Diante do mundo de lojas que fazem coleções especiais de olho em clientes volúveis(oi,olha eu!), às vezes a gente fica até perdido…Porquê ou aparecem peças muito legais e criativas ou aparece aquele mar de mesmas coisas,mesmos jeitos,e mesmas cores( o que eu não sou de todo contra!).

Então,fiquei bem feliz de ver a coleção da Hering pra copa sexta passada quando passei na loja! Super bonitinha,com peças mais que ideais pra serem usadas depois atééé perder de vista,fora o preço que achei justo,na maioria das vezes!

Olha só:

Camisas pólo femininas têm várias,assim como regatinhas fofas como a com fitinhas do Senhor do Bonfim! A bolsa eu achei básica e combina com quase tudo né?

Os garotinhos também já podem ficar saltitantes,porquê tem muitas opções legais pra vocês  também! Tem até uma blusa de malha que não coloquei,super divertida,com ilustração de uma máquina de gols!haha

E o que vale investir mesmo,eu acho, são as camisetas básicas,com algo de diferentes ou criativo,como o super decote da verde ou o detalhe na gola da amarela sabe? A pulseira vem num conjunto de três,com estampas variadas! =D

E vocês,o que acham??

E eu como mulher que adora futebol estou empolgadíssima,digam o que quiserem!haha! Que eu estou contando os minutoos pra ver os uniformes que achei mais bonitos em movimento,ver aqueles que não achei tão legais se tornarem legais pelo gingado,ver uma pá de jogador bonito interessante e,claro, pra ver os jogos também,que eu adoro mesmo!

Não que eu tenha amado nossa convocação,cá pra nós conto nos dedos de uma mão quem gostou, mas aquela é a que tem pra hoje e pela qual vou torcer!O que não me impede de estar na expectativa pra ver uma Holanda( tá vendo?),uma Alemanha,um Portugal, uma Espanha e até uma argentina jogarem. Assim bem clichê mesmo.

Meus uniformes preferidos?

  • Alemanha

Sempre acho o uniforme da Alemanha classudo.Okey,sou suspeita e já os acho mesmo classudos de toda forma, mas vocês também não tem a impressão que um homem cresce dez metros com esse 2º uniforme?? É ele o meu preferido.

  • Brasil

Okey,o amarelo é bonito. Mas eu simplesmente A-MEI esse azul e ao vivo ele é uma coisa de lindo! As bolinhas amarelas em contraste com o azul é muito divertido,achei uma inovação bem boa! Queria que cada um de vocês vissem essa camisa ao vivo agora,que eu adorei mais que por foto!

E talvez eu serei apedrejada,mas adorei e quero é mais ver o brasil jogar de preto! Inovar meu povo,é isso que a gente precisa dentro de campo e fora dele! Sério,mais uma vez,achei elegante mesmo,ponto.

  • Espanha

Quase sempre adoro os uniformes da Espanha.Apesar de,muitas vezes, me parecer o mesmo, gosto muito do jeito que as cores são utilizadas. Fora que,vocês também imaginaram os espanhóis dentro desses uniformes?Colírio.

  • Argélia

Será que vou ser jogada pra arder no mármore do inferno por ter achado interessante e gostado desse uniforme da Argélia? Principalmente o 2º! O único porém que acho é essa “moda” atual de camisa muito ajustada. Me dá um nervosiiismo!Prontofalei. Sério,camisa de futebol pra mim é pra ser leve,solta,com movimente,sabe? Sei lá,não é nem rugby.hahaha

  • Inglaterra

Classe,classe,classe até dizer chega. Essa camisa branca é muito linda. Apesar de levemente batida( e desbotada) por já ter visto bastante,né cálega , não tenho como mentir e dizer que não é um dos melhores uniformes já feitos. De verdade. O caimento e o tecido são uma coisa à parte,muito muito bons!O algodão(???) de fora é uma coisa. Fora que esse minimalismo me ganhou e não é de agora.Sério,se gostar de camisas esportivas e puder,carregue essa pra casa porquê é um espetáculo! =D

Essa é uma leve opinião feminina sobre alguns uniformes que chamaram minha atenção.Ainda tem mais,mas coloco num próximo post.

E vocês mulheres,que curtem ou não,o que acham???

Há um tempo,lendo a Marie Claire, vi uma matéria falando da série criada pela canadense Dina Goldstein chamada “Fallen Princesses” ,onde ela coloca as princesas dos contos de fadas em situações um tanto inusitadas e mais atuais.  Situações com as quais muuuitas mulheres de hoje podem se identificar em maior ou menor grau…

Ela coloca uma Branca de neve com vários filhos pequenos e um marido-príncipe que não se envolve.

Uma Rapunzel enfrentando um câncer e sem as tranças..

Uma gata borralheira abandonada e que tem o álcool como melhor amigo…

Uma Bela que vive em função da beleza..

Entre outras situações  bem tristes mesmo até,mas que servem,talvez,pra abrir os olhos pra idéia de que,apesar de a magia dos contos ser belíssima, está longe da vida real,ainda mais da vida real das mulheres de hoje com mil e uma atribuições.

Então,mais interessante que gente com visões diferentes sobre assuntos já tão batido, é descobrir perto de mim gente que transmite algo parecido. Foi assim quando cheguei ao BNB( Centro Cultural Banco do Nordeste) e me deparei com a exposição Boobbdi Babbdi Boo do Bruno Vilela. Na exposição ele procura justo desconstruir essa imagem do felizes para sempre,do mundo belo e perfeito e procura inserir a desmistificação de alguns ideais pregados desde sempre pra gente. E faz isso da forma mais chocante,ele desconstrói essa imagem colocando as princesas machucadas,sangrando, que induz a pensar sobre a tradição e o que nos é imposto…

Olhem vocês algumas imagens:

A Branca de neve sangrando.

Chapeuzinho Vermelho com a roupa suja de sangue,meio assassina..hehe

Há quem diga que é muito chocante e pesado,mas eu acredito que a idéia do artista foi essa mesmo.Chocar.Chamar atenção pra idéias que vêm lááá do começo dos contos de fadas,quando assuntos como incesto,assassinatos,adultérios faziam parte desse universo…

Eu me choquei de primeiro com as imagens.Mesmo.Descontrói toda a infância de uma pessoa se deixar não? Mas pensando depois e tentando interpretar a idéia que se quer passar,eu passei a gostar.Fora que as imagens do Bruno são sim muito bonitas.A pele branca da Branca de Neve em contraste com o vermelho do sangue é interessante e me deixou olhando por um bom tempo…

A quem interessar possa,o Bruno Vilela é pernambucano e tem um post muito bom sobre ele e sobre a exposoção aqui. A exposição fica no BNB até o dia 4 de junho.

E vocês,que visão tem sobre essas leituras?

Muiiito se falou nas duas últimas semanas sobre o Festival Coachella,que aconteceu entre os dias 16 e 18 de abril na Califórnia..Mas o que eu não consegui tirar da cabeça mesmo foi o nome Charlotte Gainsbourg depois de ter escutado uma música dela na rádio e de saber que ela também se apresentou no festival.

Talvez vocês reconheçam de quem se trata pelo sobrenome né? Explico: a moça é filha de ninguém menos que Serge Gainsbourg e de Jane Birkin. Sendo filha de quem é,seria difícil para Charlotte não se destacar ou ser completamente normal acho eu..Ela é atriz,já reconhecida na França, por diversos filmes,tendo inclusive ganhado o Palma de Ouro de melhor atriz por sua atuação em Antichrist do dinamarquês Lars Von Trier.

Charlotte parece que realmente misturou em si uma parte do pai e uma parte da mãe,e aqui não falo só de genes. Serge Gainsbourg talvez não seja tão conhecido da minha geração,e admito que só fui ler mais a respeito dele por causa de Jane Birkin, mas um cara que influenciou tanta gente de uma geração tem que ter mesmo um quê especial,além do fato de ter conseguido transitar em tantos campos da arte.Ele foi cantor,compositor,ator,etc,etc,etc. Talvez o típico boêmio genial francês.Já Jane Birkin é inglesa, e deve ser mais conhecida por nós mulherzinhas pela famosa bolsa da Hermès, a Birkin,é uma belíssima atriz,cantora,também bem múltipla como Serge.

Foto: daqui

Jane e Serge numa foto que podia ser de ontem em Paris né? Olha aí Jane com as botas acima dos joelhos que o povo tá todo falando e usando?Na realidade,ela toda podia se teletransportar pro momento atual né. Moda cíclica mesmo.

Então,dessa mistura cultural,provocativa, saiu Charlotte. Dona de uma voz meio melódica,leve,ela se apresentou no Coachella com seu novo álbum IRM,que é a sigla francesa para ressonância magnética. Ela começou a pensar nesse álbum no hospital,após sofrer um acidente  e diz que o barulho da máquina a inspirou. O que não deve inspirar essa moça ein?

Ela apareceu a primeira vez com a vozinha doce no começo da música ‘what it feels like for a girl’ da Madonna.Somente né? Depois gravou o álbum 5:55 e agora o IRM com o músico americano Beck.

Fora que estilo parece que vem mesmo,muitas vezes, de berço. Charlotte é dona de um estilo leve,meio boho,parece que vai flutuar,feito ela sabe?Fora o ar chic francês que é inegável.

Ela é daquelas atrizes  que  topa aqueles roteiros que algumas talvez não tivessem coragem,e o faz com maestria. Antichrist,filme pelo qual foi premiada com o Palma de Ouro, foi comentadíssimo e chocou mesmo os menos conservadores. Como ela mesma fez questão de dizer: “O filme não é nada comportado. Tudo é extremo, quase ‘gore’, quase pornô. Filmamos muitas cenas de sexo e esquecia o pudor. Eu não tinha mais nenhuma barreira”. Talvez ela se sobressaia aí: pela quebra de barreiras e por quebrar o medo e sair do comum. Se o sobrenome tem influência nisso?  Só tem,mas a moça conseguiu levar isso adiante e continuar chocando,assim como seu pai fez,mas à sua maneira.

Charlotte no Coachella Festival.

Deixo vocês com essa bela imagem de Jane e Serge,só pra dizer: sabia que Jane usava uma cesta(choca!) antes da Hèrmes criar uma bolsa pra ela?

PS.:Texto muito bom sobre a Charlotte,do Fernando Eichenberg e site espetácular (super inspiração viu? TANTA coisa atual que você nem imagina!Fora a beleza das imagens!) com mil fotos da Jane e do Serge.